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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Reforma da Previdência e o Comércio Local

A sexta-feira, 28 de abril, foi um dia histórico para os movimentos sociais brasileiros. Dia em que grande parcela da população foi às ruas demonstrar o seu repúdio e refutar as propostas retrógradas do governo ilegítimo de Michel de Temer.
Em Caririaçu também poucas centenas de pessoas foram reivindicar a manutenção dos seus direitos. Para uma população que se aproxima de 30 mil habitantes, o número de manifestantes pode ser considerado baixíssimo, ainda mais que praticamente todos eles no futuro sofrerão na carne as propostas do governo golpista, se elas forem aprovadas pelo congresso nacional.
Por outro lado, esse número pode representar um embrião para que a população possa resistir e lutar por seus direitos e não ficar passivamente, apenas aplaudindo seu ídolo político local quando é convocado.
Mas um outro fato chama a atenção, tanto é que serviu de mote para alguns discursos no ato público. O fato do comércio local não demonstrar o mínimo interesse em participar e fazer coro contra as reformas do presidente golpista.
Enquanto, praticamente todos os órgãos públicos paralisaram suas atividades, o comércio de Caririaçu abriu suas portas e demonstrou pouco caso com as manifestações. Até parecem, os comerciantes, que se acham uma casta diferente do povo, dos inconformados.
E isso revela um fato preocupante, que preocupa para um futuro próximo. Isso porque, como é sabido de todos, o comércio de Caririaçu sobrevive dos servidores públicos municipais e principalmente dos repasses federais para a população, entenda-se, aposentadoria e bolsa família.
Com a reforma implementada, poucos serão os que conseguirão adquirir o benefício, trabalhadores rurais, a maior parcela de nossa população, serão menos ainda. Então o poder de consumo da população diminuirá consideravelmente.
Outra coisa, é comum ouvir dos comerciantes locais que o governo deveria extinguir o bolsa família. Segundo alguns, o programa é uma indústria de vagabundagem e só serve para gerar indolência e passividade aos beneficiários. A reclamação revela um saudosismo de quando a população diretamente beneficiada vivia na pobreza e extrema e aceitava qualquer espécie de trabalho para ganhar uma ninharia.
Pois bem, acabando-se o bolsa família e quase extinguindo a aposentadoria, quem dará fluxo ao comércio local? A quem os comerciantes venderão as mercadorias?
Você comerciante de Caririaçu e que não se interessa pelas reformas da classe política que tomou o poder de assalto e deu um golpe na democracia, será que Michel Temer e seu séquito virá fazer sua feira no seu comércio? Não, né! Então lute também para que esses benefícios sejam preservados. É questão de sobrevivência da sua fonte de renda.
Ou então veja seu comércio se esvaziar num futuro nem tão distante assim.