A reprodução total ou parcial de qualquer texto deste blog, sem a permissão por escrito do autor, será considerado crime e o infrator (a) responderá processo judicial por infringir a lei de direitos autorais!

Translate

Pesquisar este blog

Seguidores

Gostou deste blog? Então por favor, compartilhe nas redes sociais! OBRIGADO!!!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

ABERTA A TEMPORADA DE NEGOCIAÇÕES... "VÃO DÁ AS CARA"!

                                                                                                                                     Por Antonio Messias



Voto não tem preço, têm consequências. O voto antes de qualquer coisa é um direito, direito esse que muitos sofreram para conquistar. O voto em si tem sua história, suas curiosidades. Neste texto colocarei um pouco dessa história para que se possa ter uma percepção de quão importante é esse direito.
As eleições no Brasil teve início cedo, 32 (trinta e dois) anos após seu descobrimento. Ela se deu na Vila de São Vicente no ano de 1532. Somente votaram aqueles que eram considerados “homens bons”.  Dentro desse ciclo de homens bons estavam gente qualificada pela linhagem familiar, pela renda e propriedade. Assim como aqueles que participavam da burocracia civil e militar da época.
Só em 1821 ocorreu a primeira eleição brasileira em moldes modernos. Foram eleitos os representantes do Brasil para as Cortes Gerais. 
Em 1824 foram definidas, por dom Pedro I, na primeira Constituição brasileira, as primeiras normas do Sistema Eleitoral. O voto era obrigatório, porém censitário. Aqueles que podiam votar eram somente os homens com mais de 25 (vinte e cinco) anos e com uma renda anual delimitada. Nesse caso, menores de 25 (vinte e cinco) anos de idade, mulheres, os assalariados em geral, os soldados, os índios e – sem dúvidas- os escravos estavam excluídos desse processo eletivo.
Em 1881, o Sistema Eleitoral passou por outra mudança: a Lei Saraiva introduziu o voto direto, mas ainda censitário. E somente 1,5% da população brasileira tinha a capacidade eleitoral (de votar e ser eleito), mas isto só se deu até o fim do império.
Na primeira eleição direta para presidente da república, em 1894, Prudente de Morais chegou ao poder com aproximadamente 270 (duzentos e setenta) mil votos, 2% da população do Brasil na época.
E só no século XX, em 1932 para ser mais preciso, é que foi instituído o voto feminino no Brasil. As mulheres conquistaram, depois de muitos anos de reinvindicações e discussões, o direito de eleger e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo. Mas em função da ditadura de Getúlio Vargas (1937-1945), só vieram a votar de novo em 1946. (Essas ditaduras -Vargas e Militares- privaram o eleitorado nacional por nove vezes, nove eleições).
Mesmo sendo instituído o voto a partir da república, no inicio desse período no Brasil, vigorou um sistema conhecido popularmente como coronelismo. Este nome foi dado, pois a política era controlada e comandada pelos coronéis. Além da politica, a consciência do povo também era comandada pelos coronéis. As pessoas eram forçadas a votarem em quem os coronéis mandassem, esse ato ficou conhecido por voto de cabresto.
Hoje a situação é bem diferente destas citadas até então. Atualmente o voto além de direto é um dever de cada cidadão brasileiro. Sendo facultativo para aqueles que têm entre 16 e 18 anos e pessoas com mais de 70 anos.
Agora não temos problemas com a falta desse direito, com ditadura ou mesmo o cabresto aplicado pelos coronéis. Mas, temos uma falta de conscientização de muitos votantes. E talvez esse seja um dos maiores problemas que se tenha. Muitos dos eleitores não se importam com o sacrifício que muitos fizeram para conquistar esse direito. Muitos morreram para que chegássemos hoje a expressar essa nossa opinião.
O voto é a nossa única e mais eficaz voz dentro desse sistema democrático. O voto tem igual valor para todos, não importa se o eleitor é negro, branco, pardo, indígena, pobre, rico, analfabeto, instruído, católico, evangélico enfim, sem distinção de raça, cor, classe, religião, sexualidade. Todos tem essa voz, e de igual valor para todos. Ele é a única maneira de dizer sim ou não dentro desse contexto politico.
De modo algum ele pode ser comparado como uma mercadoria, ser trocado por dinheiro, favores políticos, sacos de cimentos ou dentaduras. Será mesmo que vale a pena trocar por R$ 50,00 aquilo que muitos se sacrificaram para conseguir para você?
Nessa sociedade competitiva aquele que é mais preparado adquiri espaço de mercado de trabalho. Nesse contexto, no mercado eleitoral deveria ser dessa forma, antes de votar, procure descobrir sobre o passado do(s) seu(s) candidatos(s), de onde vem, para onde ir, escute suas propostas, veja se elas se enquadram dentro do contexto local,  e principalmente se podem ser prometidas. Não adianta prometer um mundo utópico se ele não tem condições de cumprir. Verifique se ele é ficha limpa. E, o que diz a comunidade sobre ele?
Muitas vezes, alguns, ou muitos, dizem: “Que nada! Vou é vender meu voto. Esses políticos safados só vêm aqui em épocas de eleição e depois não dão mais as caras”. Talvez isso seja porque a população já esteja cansada com tanto descaso desses políticos, e na verdade muitos fazem isso. O que têm de politico chorando em velório em época de eleição não é brincadeira.
Mas, vender o voto não é o aconselhável, quando se vende o voto, vende-se também a consciência. Em nenhum momento, independente da situação, você poderá cobrar alguma coisa de um politico se você vender seu voto, pois você vendeu junto a sua voz. Não devemos tratar o nosso voto como produto, temos que usa-lo da melhor forma, sendo consciente nas nossas escolhas.
Uma má escolha pode significar situações irreparáveis dentro de determinado território. Atualmente, ou quase sempre, o Brasil vive assolado pela corrupção, e a aqueles que deveriam zelar pelo bem do povo são os primeiros que dão uma rasteira na sociedade. São escândalos por cima de escândalos. Investigações por cima de investigação, mas como sempre, não dá em nada, com exceção das pizzas.
Viu? O uso consciente desse seu poder é que fará com que se crie uma sociedade mais justa e igualitária. E Se é pra ser justo e igualitário, todos tem que ter o mesmo poder. Temos que saber escolher aqueles que nos representarão. Uma atitude sem consciência pode gerar danos irreparáveis. Seja cidadão, mostre seu valor dentro da sociedade.
 E só pra lembrar VOTO NÃO TEM PREÇO, TÊM CONSEQUÊNCIAS!


E aí caririaçuense qual será a consequência do seu voto?








Referências Bibliográficas
Antonio Carlos Oliveiri 


acessado em 06/06/2012 às 13h56mim.