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domingo, 2 de outubro de 2011

Rodovia Pe. Cícero


Boa parte da população serrana de Caririaçu acredita que a CE-385, a famigerada Rodovia Padre Cícero trará muitos benefícios imediatos e medrará progresso a nossa cidade.
Porem enganam-se as mentes que acreditam em tal fato. Pois, para se auferir progresso é necessário está preparado e ter uma infraestrutura mínima.
Essa infraestrutura não existe em nossa cidade.
Estaremos na trajetória de acesso a capital e o tráfego de carros transitando em nossas ruas pode perfeitamente trazer progresso à nossa comuna. Afinal éramos ”fim de linha” e agora estamos no olho do furacão.
Mas com já foi dito o “tão sonhado” progresso não cairá do Éden. Para que essa rodovia proporcionasse melhores condições de vida à nossa comunidade seria imprescindível termos hotéis, restaurantes, entre outras coisas básicas, ou alguém inferiu que termos veículos forasteiros despejando  fumaça em nossa cara é o tão almejado desenvolvimento?
Porém alguém diz que temos esses “elementos propulsores do progresso”. Mas é lógico que temos isso, só que de forma inibida, sem grandes investimentos, ainda rastejando!
Tudo bem que boa parte dos investimentos para preparar nossa cidade deve vir da iniciativa privada, mas a gestão pública municipal já fez o seu trabalho: asfaltou as principais ruas e instalou um tal de semáforo. Assim a cidade fica mais bonita, alguém diz, eu sinceramente não acho, mas tudo bem gosto se lamenta.
Para quem acredita que a cidade fica mais bonita com o asfalto, vou fazer uma comparação estapafúrdia: Caririaçu está parecendo uma pessoa que veste uma roupa limpa, fica com a aparência apresentável, porém não toma banho e exala um fedor dos infernos. Quem tem conhecimento sente a catinga invadindo as narinas. Todavia meu amigo, quem é ignorante se deleita com o mau cheiro.
O que se observa é que apenas aumentou o movimento no trânsito, tornando todos vulneráveis, motoristas e pedestres. Outro fator pouco observável: não fazia sentido falar em nossa cidade em poluição sonora, exceto em festividades, mas agora para se saber o que é isso basta indagar a um morador da Rua José Nogueira de Melo, principalmente se for próximo as “tão sonhadas tartarugas”.
Outra coisa: essa estrada está acirrando e tornando evidente ainda mais as contradições sociais do mercantilismo em nossa terra. Não entenderam? Então eu explico: está acontecendo no mundo inteiro uma onda chamada bolha imobiliária. Bolha Imobiliária? O que vem a ser isso? De maneira simplificada, isto significa que imóveis são comercializados bem acima dos preços que realmente valem. Destarte, quem tem dinheiro sai comprando e vendendo lotes e casas por aí aumentando assim o seu capital. O mesmo que está acontecendo em nosso Caririaçu.
Uma pergunta: quem é pobre e não tem moradia própria, o que faz numa situação dessas? Morre à míngua? Pois a tal bolha também encarece o aluguel. Continuando essa situação, pobre vai ter o “direito” de nunca ter nada e se não tem nada, sempre será nada, nesse mundo barbarizado pelo neoliberalismo! Contradições do modo de produção capitalista.